Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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47 de fevereiro - Fute Rock de 1ª divisão

Publicado por2018-07-26 por 3136
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Desta vez fomos a jogo com os 47 de Fevereiro, uma das bandas mais interessante que podemos encontrar pelos palcos nacionais.

Desta vez fomos a jogo com os 47 de Fevereiro, uma das bandas mais interessante que podemos encontrar pelos palcos nacionais. Com um som de meia bola e força, definem-se como Fute-Rock Mediterrânico e levámos as metáforas futebolísticas até ao limite.

A conversa foi com um dos elementos deste plantel de luxo, Jorge Loura - ou Capitão Moura, como está na camisola - com quem discutimos alguns aspetos técnico-táticos desta equipa que luta pela manutenção nos palcos nacionais e internacionais, num estilo pouco defensivo e bastante atrativo para quem está nas bancadas.

47 de Fevereiro é uma data esquisita.

O nome surgiu depois de um ensaio, e na sequência de uma “private joke” recorrente. Imediatamente o nome 47 de Fevereiro soou perfeito, e agradou-nos pelo facto de poder ser interpretado de inúmeras formas. 47 de Fevereiro é o dia de São Nunca à tarde, é aquela data que marcamos no calendário para fazer algo importante, é o Natal que é quando um homem quiser, é a data de uma revolução, é um feriado, é um partido político, é um movimento rebelde, cultural ou revolucionário, é um clube de futebol, é uma associação cultural, etc

Não é só a data que é estranha, mas todos os membros da banda respondem por pseudónimos. Quais são e porquê?

A decisão de responder por pseudónimos tem a ver com a ideia de clandestinidade e troca de identidade. Também tem a ver com o facto de considerarmos que 47 de Fevereiro é mais do que as pessoas que o integram e os seus nomes: é um movimento que engloba mais pessoas que entraram neste barco connosco, alguns mais anónimos do que outros, todos com um papel importantíssimo.

Na ficha técnica do disco aparecem os pseudónimos de todos os participantes, mas os elementos da banda são:

El Killo – Bateria e Voz

Capitão Moura – Guitarra e Voz

Roque Xandeiro – Guitarra, Guitarra Portuguesa e Voz

Fiscal Santos – Baixo e Voz

Capadócio – Engenharia de som e Baixo ocasional (o George Martin #47)

Temos ainda o Sargento Zero, que gravou o baixo no disco (à excepção de “Porcos no Sótão”), e é um dos nossos suplentes num banco de luxo.

Os membros da banda têm uma vasta experiência de palco noutros clubes, aliás, bandas, algumas de referência no panorama musical nacional. De onde é que cada um de vocês saiu?

47 de Fevereiro formou-se a partir das cinzas de uma banda chamada Touro, da qual quase todos fizemos parte, e quando o Touro foi abatido percebemos que tínhamos vontade de continuar a fazer aquele tipo música. De resto, os nossos elementos já fizeram parte de projectos tão díspares como Retimbrar, Zen, Anger, Souq, Fadomorse, Mi Ku Bô, Teia, Funkyard, Turn Off, Stopestra, Xícara, Mina, etc.

O vosso álbum “Luta pela Manutenção” tem um lado conceptual, e é mais do que rock, é fute-rock.

Acrescentaríamos que é mais do que Fute-Rock; é Fute-Rock Mediterrânico. “Fute", pela evidente escolha de vocabulário “futeboleiro” para não só dar títulos às canções mas também ao álbum. Títulos esses que utilizamos apenas como ponto de partida para abordar temas que nos interessam e que nada têm a ver com futebol. E, para que fique claro, nós não falamos sobre futebol. Mediterrânico por sermos do Sul da Europa e, mesmo não sendo banhados pelo Mediterrâneo sentimos que temos muito mais em comum com os países mediterrânicos do que com a cultura do Norte da Europa ou Anglo-Saxónica. Todas as nossas bandas favoritas são inglesas ou americanas, e se não o são cantam em inglês, mas para nós é muito natural cantarmos em português, francês, espanhol ou italiano. Além do mais, a inclusão da guitarra portuguesa também nos remete para essas culturas do Sul.

Como têm sido as vossas deslocações a outros relvados, quer dizer, palcos? Onde é que andaram e como é que têm sido as vossas exibições?

As nossas exibições, como em qualquer equipa bem organizada, têm sido em crescendo. À medida que a época avança vamos ganhando rotinas de jogo e ritmo competitivo. Somos uma equipa pequena que maioritariamente joga em estádios pequenos e por vezes em terrenos empapados, mas já temos feito boas exibições a jogar em grandes palcos e em competições mais a sério. Começámos pelas divisões inferiores, mas já temos feito alguns jogos de taça contra grandes e as exibições têm sido muito positivas. Em Setembro iremos realizar o nosso primeiro jogo europeu, desta feita em Bergamo (Itália). Não queremos entrar em loucuras pois temos um orçamento curto, mas planeamos uma presença mais regular nas competições europeias no futuro próximo.

As bandas em Portugal estão condenadas a lutar sempre pela manutenção?

Não só as bandas, mas a vida em Portugal é e dificilmente deixará de ser uma Luta Pela Manutenção. Na vida real são poucas as pessoas que lutam pelo título, pois a realidade do dia-a-dia é a caça ao ponto, a sobrevivência, a luta pela dignidade, honrar a camisola. As bandas não são excepção, mas cá andarão enquanto a vontade de jogar for superior a tudo o resto, tal como as equipas das distritais jogam todos os domingos mesmo quando sabem que provavelmente nunca jogarão a Liga dos Campeões. E, se um dia isso acontecer, será um bónus muito bem vindo.

O que é que estão a preparar para a próxima época?

Neste momento estamos a preparar a edição em vinil de “Luta Pela Manutenção” que acontecerá no Outono. Até lá iremos tocar em alguns festivais de verão (incluindo o já referido em Bergamo), e depois do lançamento do vinil iremos jogar a 2ª volta da Luta Pela Manutenção, com mais uma digressão que nos levará a palcos nacionais que não visitámos na 1ª volta, além de mais algumas saídas para jogos europeus. Tudo será anunciado a seu tempo. Para 2019 planeamos avançar com o sucessor de “Luta Pela Manutenção”.

Vejam e ouçam os 47 de Fevereiro, em breve num relvado ao pé de vocês.

Os 47 de Fevereiro estão também no Spotify, no Facebook e no Instagram.

Uma equipa, desculpem, uma banda tem que estar bem equipada e no Salão Musical de Lisboa temos o equipamento ideal para quem enfrenta o terreno mais difícil: o palco. Façam-nos uma visita e definam a vossa tática, temos o que é preciso para qualquer estilo de jogo.

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