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Superstições, maldições e rituais musicais

Publicado por2018-06-08 por 3700
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Por mais racionais que sejam, antes de um concerto vale tudo. Músicos de todos os estilos e géneros têm as suas manias.

Os músicos são artistas muito sensíveis, e um pouco supersticiosos. Quantos de vocês fazem questão de colocar primeiro o pé direito no palco? Talvez seja por causa do efeito mágico e quase sobrenatural que a música tem, ou apenas porque vos ajudam a entrar naquele estado de perfeito transe funcional quando tocam.

Por mais racionais que sejam, antes de um concerto vale tudo. Músicos de todos os estilos e géneros têm as suas manias. Há músicos clássicos que dormem com a pauta da música que vão tocar debaixo da almofada, e há quem berre insultos a torto e a direito ou dance freneticamente para libertar a tensão. Depois há os hábitos obsessivo-compulsivos como verificar se a braguilha está aberta, não uma, mas sete vezes. Nunca é demais.

Objectos fetiche também são comuns: palhetas da sorte, roupa interior da sorte, anéis, botões de punho do avô (há um músico clássico que os beija sempre antes de cada atuação), ou ter coisas penduradas dos bolsos, como o Josh Homme.

E os instrumentistas de sopro que ameaçam as suas palhetas de morte, caso elas decidam falhar a meio do concerto (que é sempre quando falha alguma coisa, especialmente nos solos)? Não sabemos se alguma palheta apresentou queixa.

Há quem precise de descarregar nervos no WC mais próximo 5 minutos antes de uma atuação -  agora já sabem porque é que algumas bandas se atrasam - mas há músicos que evitam verter águas (desculpem a expressão) até ao final do concerto, para estarem mais concentrados em terminar o programa, do que no que estão a fazer. Estes são os que se atrasam sempre para o encore.  

É tudo uma questão de controlo. Por isso é que há artistas com exigências estranhas nas suas digressões, como os Van Halen que pediram um monte de M&Ms mas sem os castanhos, ou o Nick Cave, que pede papel higiénico preto para o seu camarim. A Adele pedia um maço de cigarros e pastilhas, quando ainda fumava, mas deve ter ouvido uma história sobre isqueiros brancos e deixou-se disso (explicamos tudo daqui a umas linhas). Talvez a exigência mais estranha é a de Keith Richards, que come uma tarte de carne antes de cada concerto, e ai de quem lhe toque antes dele.

E quando os rituais não chegam, podem sempre negociar a vossa alma com entidades divinas.  A lenda conta que Robert Johnson vendeu a sua ao Diabo, num cruzamento de uma estrada poeirenta do sul dos Estados Unidos, em troca de ser o maior guitarrista de blues de sempre. A sua música, Crossroads, talvez inspirada por esse evento, diz-se estar amaldiçoada já que tanto os Lynyrd Skynyrd e os Allman Brothers tiveram mortes na banda depois de terem gravado as suas versões. Robert Johnson é considerado um dos mais icónicos guitarristas de sempre, mas não viveu o suficiente para aproveitar a sua fama. Morreu aos 27 anos.

A maldição dos 27 é a das mais conhecidas: Brian Jones (o primeiro guitarrista dos Rolling Stones), Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, todos morreram tragicamente aos 27 anos. Todos tinham um J no nome, como o Robert Johnson, mas essa tradição perdeu-se com o Kurt Cobain e a Amy Winehouse, portanto os Josés, Jaimes e Joaquins podem ficar descansados. A não ser que tenham um isqueiro branco: Hendrix, Morrison, a Janis Joplin e o Kurt Cobain tinham um no bolso quando morreram. Talvez seja uma boa altura para fazerem como a Adele e deixar de fumar.

Se acham que maldições com números é uma coisa do rock’n’roll, na música clássica existe a maldição da Nona. Quantos compositores morreram após compor a sua Nona Sinfonia? Beethoven é o mais conhecido, e quando Mahler já se estava a rir porque já ia a meio da sua Décima, caiu para o lado antes de a acabar. Bem, Mahler não devia ser pessoa de se rir muito.  

A explicação lógica é que se demora uma vida inteira para escrever nove sinfonias, e é natural que não se consigam escrever muitas mais. Mesmo assim, fiquem-se pela oitava, e reformem-se num sítio quente e com sol. Até porque fazer magia com sons não é assim tão lógico.

Que rituais têm antes de entrar em palco? Partilhem-nos connosco nos comentários.


O Salão Musical de Lisboa não vende amuletos, mas temos instrumentos que não vos vão deixar ficar mal. Visitem a nossa loja, e vejam a sorte que podem ter com as nossas condições de pagamento.

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