Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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Contrabaixos não há argumentos

Publicado por2017-12-19 por 7029
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Talvez nunca tenham reparado, mas sabem aquelas duas notas do tema principal da banda sonora do filme “Tubarão”?  Graves, tenebrosas, tensas, saídas do génio de John Williams. E de um contrabaixo. Não acreditam? Ora vão lá ouvir.  

Talvez nunca tenham reparado, mas sabem aquelas duas notas do tema principal da banda sonora do filme “Tubarão”?  Graves, tenebrosas, tensas, saídas do génio de John Williams. E de um contrabaixo. Não acreditam? Ora vão lá ouvir.

O contrabaixo é o irmão maior dos cordofones tocados com arco numa orquestra clássica. Não é o maior cordofone de todos porque existe o octobaixo, mas não temos espaço para ele agora.

Teve várias versões, tanto em número de cordas (3 a 5) como em afinações mas, hoje em dia, os contrabaixos têm quatro cordas afinadas em - do mais agudo para o mais grave - Sol - Ré -  Lá - Mi, uma oitava abaixo do violoncelo.

Um dos nomes que lhe dão em inglês é  double bass ou duplo baixo o que, segundo alguns estudiosos, acontece por duplicar as notas da mão esquerda das teclas nas peças barrocas ou a linha do violoncelo. Outros defendem que é apenas por ter o dobro do tamanho de um violoncelo.

1qa<ZDiz-se que há duelos de arcos e tudo por causa deste assunto, mas que começam logo mal por haver quem pegue neles à francesa e outros à moda alemã. Michael Fuller, contrabaixista da Philharmonia Orchestra de Londres, conta-nos um bocado da história deste instrumento (e que segura o arco à francesa).

O contrabaixo no século XX passou a ser parte integrante de vários géneros musicais, especialmente em grandes conjuntos, como as big bands, que necessitavam de uma linha de baixo que se ouvisse bem sob as orquestrações para metais e piano.

Alguns géneros tradicionais, especialmente na América do Norte, também recorrem ao contrabaixo, sendo integrado depois na era pré-eletrificada em bandas de rock’n’roll e, mais tarde, no rockabilly, onde a cadência era bem mais frenética e se usava e abusava dos slaps. E em tunas também.

Mas onde se destacou como um instrumento de eleição foi no jazz. Charlie Mingus, Stanley Clarke, Ron Carter, foram alguns dos génios do contrabaixo, que pegaram neste instrumento durante tanto tempo remetido para um papel secundário, e o levaram para a primeira linha da criação musical.

Com 1,80 de altura (no tamanho regular), este não é dos instrumentos mais portáteis mas é definitivamente um dos com mais presença. Tocar contrabaixo implica alguma perseverança e  um sentido de humor particular, bem típico de quem lhe calha sempre as partes mais graves,  como podemos ver nesta apresentação de Bret Simner, que foi aluno sabem de quem? Do tipo a quem pagaram para tocar duas notas numa a banda sonora de um filme com um tubarão.

O Salão Musical de Lisboa tem contrabaixos das marcas Corina, Kreutzer e Stentor. Descubram-nos na loja online, e vejam se estão à altura.

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