Capo: o que é, como se usa e por que precisam de um
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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Capo: o que é, como se usa e por que precisam de um

Publicado por2025-09-04 por 8
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O que é o capo e como o podem usar para tocarem melhor?

Se tocam guitarra, então já ouviram falar do capo - ou transpositor, como também é chamado - mas talvez não saibam bem para que serve. Este acessório simples é uma das ferramentas mais úteis que podem ter no vosso kit de guitarrista. Com o capo conseguem adaptar músicas à vossa voz, fazer acordes difíceis de uma forma mais fácil, mudar o timbre da guitarra e até abrir portas para novas ideias musicais.

Neste guia, vamos explicar o que é um capo, o que faz ao som, quando usar, como escolher o modelo certo e como o colocar correctamente. Tudo de forma prática, para que possam tirar mais partido da vossa guitarra, independentemente do nível em que tocam.

ÍNDICE

O que é um capo e para que serve?

Usar o capo e manter o tom original

Usar o capo como transpositor

Porque é que tantos guitarristas usam capo?

Como usar o capo corretamente?

Qual é o melhor tipo de capo para mim?

O capo ajuda na técnica?

O capo tem desvantagens?

Conclusão: precisam de um capo?

O que é um capo e para que serve?

Transpositor
Dunlop 83CB para guitarra acústica ou elétrica

Transpositor Dunlop 83CB para guitarra acústica ou elétrica no Salão Musical

O capo é uma pequena peça que se prende ao braço da guitarra para pressionar as cordas cordas num determinado traste. É como fizessem uma pestana com o dedo indicador, como no acorde de Fá, mas de forma permanente. Ou subissem o cavalete do braço..

Ao colocar um capo, estão a “subir” a afinação das cordas. Cada traste corresponde a um semitom. Por exemplo, se colocarem o capo no 2.º traste, um tom acima da afinação com cordas soltas, a corda Mi (E) passa a soar como F#. O mesmo acontece com todas as outras cordas. No fundo, é como se mudassem a afinação da guitarra, mas mantendo a forma dos acordes que já conhecem.

Isto permite tocar as mesmas músicas, usando as mesmas posições de acordes, mas em tonalidades diferentes, o que é especialmente útil para adaptar canções à voz ou para evitar acordes difíceis que exigem pestanas complicadas.

Como usar o capo e manter o tom original

Por exemplo, têm uma canção que tem os seguintes acordes, sem o capo: Mi, Lá, Ré. Se colocarem o capo no segundo traste, podem manter a tonalidade original da canção, mas os formatos dos acordes mudam: em posições básicas, o Mi passa a ser tocado no formato do Ré, o Lá no formato do acorde de Sol, o Ré no formato do acorde de Dó.

Abaixo, temos dois Mi: um na primeira posição, o outro com formato de Ré, mas como subimos a tonalidade num tom, é agora um Mi.

 Acorde de mi sem capo e com capo no segundo traste

Se tocarem a sequência que usámos como exemplo (Mi-Lá-Ré), vão reparar que têm uma sonoridade diferente, com e sem capo, apesar de serem, no fundo, os mesmos acordes. Se sabem o que é o sistema CAGED, vão ver que irá dar muito jeito para esta situação.

Como usar o capo como transpositor

Se mantiverem o desenho dos acordes, estão a usar o capo como transpositor. Ou seja, mantendo o capo no segundo traste, o Mi passa a Fá sustenido, subindo a música um tom, o que pode ser mais confortável para vocês cantarem, ou outra pessoa, sem estarem a reaprender acordes.

transposição de mi para fá sustenido capo no segundo traste

Acima: o Mi com capo no segundo traste agora é um Fá sustenido

Por que é que tantos guitarristas usam capo?

Como vimos, um dos motivos mais comuns é ajustar o tom da música para cantar de forma confortável. Em vez de reescrever os acordes da música ou tocar em tonalidades com muitos sustenidos, usam um capo para transpor a música para cima e tocar com os acordes que já dominam.

Outro motivo frequente é evitar posições difíceis. Algumas tonalidades, como F, B♭ ou E♭, obrigam a pestanas constantes e acordes exigentes, ou não facilitam o uso de cordas soltas. Com um capo, basta colocá-lo num traste estratégico e tocar com acordes abertos que soam mais naturais e são mais fáceis de executar.

Também ajuda muito quando tocam em duo. Duas guitarras a tocar os mesmos acordes podem soar pesadas e sem definição. Se uma guitarra tocar em aberto e a outra com um capo alguns trastes acima, o som ganha profundidade e clareza, sem que ninguém tenha de mudar os acordes.

Se usam afinações alternativas, também tudo se torna mais fácil. Se gostam da sonoridade da afinação em Ré aberto (Ré-Lá-Ré-Fá#-Lá-Ré) mas não conseguem acompanhar outras tonalidades, usem um capo para redefinir o vosso tom.

Até podem imitar sonoridades de outros instrumentos: a partir do sétimo traste uma guitarra soa muito como um bandolim e, no quinto, se usarem só as quatro cordas mais agudas estão, basicamente, a tocar ukulele,

E há ainda uma razão menos óbvia: criatividade. Colocar um capo em posições diferentes altera a tensão e a ressonância das cordas. Isso muda a sensação dos acordes e pode inspirar novas progressões, ritmos ou ideias melódicas. É uma excelente forma de sair da rotina e explorar sons diferentes.

Como usar o capo corretamente?

Colocar o capo é simples, mas há cuidados a ter para que soe bem, sem inconsistências na afinação, e sem ruídos.

O capo deve ficar colocado mesmo atrás do traste que querem usar como referência. Se o colocarem demasiado em cima do traste (ou muito atrás), o som pode ficar abafado ou trastejar.

A pressão é outro ponto importante. O capo deve prender bem as cordas, mas sem as esmagar. Se apertarem demais, as notas sobem de tom e a guitarra soa desafinada. Se apertarem pouco, as cordas não soam limpas. Cada guitarra tem a sua resposta; por isso, convém experimentar até encontrar o ponto certo.

E não se esqueçam de afinar depois de colocar o capo. Mesmo com boa colocação, é normal que a afinação fique ligeiramente fora. Um afinador de clip resolve isso rapidamente.

Afinador
Fender FT-1 Cromático no Salão Musical

Afinador Fender FT-1 Cromático no Salão Musical

Se quiserem ver estas possibilidades em ação, vejam este vídeo.

Qual é o melhor tipo de capo para mim?

Existem vários tipos de capos, para todos os gostos e guitarras.

  • Capo de mola (ou “trigger”): é o mais comum. Rápido de colocar e tirar, ideal para uso ao vivo ou para quem precisa de uma solução prática e fácil de usar. Pode exercer mais pressão nas cordas, o que exige alguma afinação depois de colocado. Depende do instrumento que tocam, da qualidade do capo e das vossas necessidades.

Transpositor
de mola Leon SC-01 no Salão Musical

Transpositor de mola Leon SC-01 no Salão Musical

  • Capo de parafuso: permite ajustar a pressão com mais precisão. Ideal para quem quer evitar alterações na afinação. Exige mais tempo a colocar, mas é mais suave nas cordas. É perfeito para quem vai usar o capo em permanência numa guitarra ou durante muitas músicas.

Transpositor
de parafuso D'Addario PW-CP-09 NS Capo Pro no Salão Musical

Transpositor de parafuso D'Addario PW-CP-09 NS Capo Pro no Salão Musical

  • Capo parcial: prende apenas algumas cordas (por exemplo, 3 ou 5), criando drones e texturas que lembram afinações abertas. São muito usados para criar sons alternativos sem precisar de mudar a afinação da guitarra. Óptimos para estilos como o folk ou o fingerstyle.
  • Capo para guitarras clássicas: existem capos que são ideais para guitarras clássicas, de escala plana. O sistema de fixação é diferente, sendo ajustável com uma correia, permitindo que se adapte a braços de dimensões diferentes.

Transpositor
Dunlop 11FD Guitarra Acústico no Salão Musical

Transpositor Dunlop 11FD Guitarra Acústica no Salão Musical

No Salão Musical podem escolher o capo que melhor se adapta ao vosso estilo de tocar.

O capo ajuda na técnica?

Sim. E de formas que talvez não esperem.

Ao subir o capo, o comprimento da corda fica mais curto. Isso altera o ataque, a sustentação e a forma como os padrões de dedilhado soam. Frases simples ganham mais clareza e presença.

Nos ritmos, subir o capo 2 a 5 trastes pode dar mais definição e dar um som mais limpo. Em estúdio, é muito comum usar capos em guitarras acústicas para gravar os mesmos acordes mas em registos mais agudos, dando não só um som mais claro como liberta frequências para outros instrumentos. E, ao facilitar os desenhos dos acordes, libertam a mão esquerda para explorar variações rítmicas com mais confiança.

O capo tem desvantagens?

Poucas, mas convém saber. Se dependerem demasiado do capo, podem ficar limitados a certos acordes ou progressões. Ele facilita muito, mas aprender a tocar em tonalidades diferentes e com posições mais complexas continua a ser importante.

Também não substitui afinações alternativas. O capo parcial pode criar sons parecidos com afinações abertas, mas não tem a mesma riqueza ou possibilidades. Se gostam de afinações como DADGAD ou Open G, vão ter de as explorar directamente.

Conclusão: precisam de um capo?

Sem dúvida. É um acessório barato e extremamente útil. Torna o ato de tocar mais simples, mais confortável e mais musical. Seja para adaptar músicas à vossa voz, evitar posições difíceis, enriquecer arranjos ou explorar novas ideias, o capo está sempre pronto a ajudar.

Se ainda não experimentaram, façam-no. E se já usam, explorem outras possibilidades: novos trastes, diferentes combinações de acordes, variações rítmicas, capos parciais.

No Salão Musical, encontram vários modelos de transpositores para todos os gostos e orçamentos, que podem complementar com afinadores de clip para se manterem musicais e bem afinados.

FOTO: Connormah, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
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