Figuras famosas que também eram músicos
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Figuras famosas que também eram músicos

Publicado por2025-11-05 por 15
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Que figuras históricas, cientistas, escritores, atores e desportistas que também foram músicos? De Einstein a Leonard Cohen, do Império Romano à Fórmula 1, venham conhecer alguns exemplos.

A música tem o poder de unir mundos. E, por vezes, esse poder atravessa fronteiras que podem parecer improváveis a início, mas, se pensarmos bem, até faz sentido. Ao longo da História, muitas figuras famosas - de imperadores a cientistas, de escritores a desportistas - encontraram nos instrumentos musicais uma forma de expressão pessoal, paralela às suas carreiras principais.

Neste artigo, temos exemplos fascinantes (e alguns surpreendentes) de pessoas que, mesmo conhecidas por feitos em áreas como a política, a ciência, o cinema ou o desporto, viveram a música de forma autêntica.

História & Política: quando o poder e a arte se encontram

Nero (Imperador Romano)

O infame imperador romano ficou famoso pela lenda de “tocar lira enquanto Roma ardia”. Nero via a música como um símbolo de estatuto e cultivava a imagem de artista. Tocava lira e promovia concertos em sua própria honra, acreditando que o talento musical reforçava o seu prestígio. Aliás, a personalidade de Nero é ainda uma referência para o despotismo e o exagero: após o incêndio, Nero perseguiu cristãos, responsabilizando-os pelo fogo, e o seu governo ficou marcado pela violência e extravagância.

Governo que terminou em 68 d.C., quando perdeu apoio político e foi declarado inimigo público pelo Senado. Forçado a fugir de Roma, suicidou-se em 9 de junho de 68, pronunciando a famosa frase "Qualis artifex pereo!" ("Que artista morre em mim!").

Ignacy Jan Paderewski (Primeiro-ministro da Polónia)

Antes de ser político, Paderewski foi um dos pianistas mais respeitados da sua época, admirado especialmente pela interpretação das obras de Chopin. Aclamado em toda a Europa e nos Estados Unidos, usou a fama e fortuna conquistadas com a música para apoiar a independência da Polónia, tornando-se mais tarde chefe de governo.

Após abandonar a política em 1919, retomou a sua carreira musical, continuando a dar concertos e promovendo a cultura polaca. Com o início da Segunda Guerra Mundial, assumiu a liderança do governo polaco no exílio, refugiando-se nos Estados Unidos após a ocupação da França. Entre as suas composições destaca-se a ópera "Manru" e a sinfonia "Polónia".

Helmut Schmidt (Chanceler da Alemanha Ocidental)

Além de político e economista, Helmut Schmidt era um pianista talentoso. Tocava regularmente em público e chegou a gravar obras de Mozart e Bach.

Schmidt ocupou cargos importantes antes do seu mandato como chanceler. Foi ministro da Defesa, onde modernizou as Forças Armadas, e ministro da Economia e Finanças. Tornou-se chanceler com a renúncia de Willy Brandt após um escândalo de espionagem. O seu governo enfrentou desafios como a crise económica global de 1973 e terrorismo interno. Foi um defensor da melhoria das relações com a Alemanha Oriental e a União Soviética, além de fortalecer a cooperação europeia, tendo sido um dos fundadores do sistema monetário europeu.

Schmidt via na música uma forma de disciplina e clareza, duas qualidades que também aplicava à política. Gravou um disco quando ainda estava em funções, pela reputada Deutsche Grammophon, onde toca concertos para piano de Bach, uma das suas maiores paixões musicais.

Pianos
acústicos  no Salão Musical

Pianos acústicos no Salão Musical

Ciência: onde a harmonia inspira o pensamento

Albert Einstein

Dizia que “a vida sem música seria um erro”. O físico mais famoso do século XX tocava violino desde criança e via na improvisação musical uma forma de pensar em padrões e relações, algo que o ajudava no desenvolvimento das suas teorias científicas, sendo a mais famosa a Teoria da Relatividade, que revolucionou a física no século XX. A fórmula E = mc², que expressa a equivalência entre massa e energia, é mundialmente conhecida.

Einstein também recebeu o Prémio Nobel de Física em 1921. Costumava tocar Mozart e Bach ao fim do dia para relaxar, dois compositores que parecem ser populares entre os mais cerebrais.

Violinos no Salão
Musical

Violinos no Salão Musical

Brian May

Antes de ser o lendário guitarrista dos Queen, May é astrofísico formado pelo Imperial College London, onde estudou física e matemática. Iniciou um doutoramento em astrofísica na década de 1970, mas interrompeu-o para se dedicar ao sucesso dos Queen. Em 2007, terminou e defendeu a sua tese de doutoramento, 37 anos depois de iniciá-la. Se acham que a vossa está a demorar muito tempo, lembrem-se de May. Arranjem é uma desculpa tão boa como a dele.

May também é coautor de livros de astrofísica e colaborador da NASA. A sua precisão científica transparece nos arranjos complexos da banda, e a sua guitarra, a Red Special, foi construída por ele e pelo pai quando ainda era adolescente.

Guitarras
elétricas no Salão Musical

Guitarras elétricas no Salão Musical

Carl Sagan

O famoso astrónomo e comunicador de Ciência tocava piano e era apaixonado por música clássica.

Sagan teve papel fundamental no programa espacial da NASA, especialmente nas missões exploratórias das sondas Voyager (para as quais teve a ideia de enviar um disco com música do planeta Terra), Viking e Galileu, estudando atmosferas planetárias, como as de Vénus, Marte e Titã.

Foi pioneiro na busca por vida extraterrestre, defendendo o uso do método científico e organizando o projeto SETI. Escreveu mais de 600 artigos científicos e 20 livros, dentre os quais o famoso "Cosmos", que se tornou uma série televisiva de sucesso mundial na década de 1980.

Considerava a arte e a ciência duas faces da mesma curiosidade humana, e via a música como a linguagem mais universal do cosmos.

Cinema & Artes Visuais: atores que também vivem a música

Keanu Reeves

Muito antes de ser o “Neo” do Matrix ou o implacável John Wick, Reeves tocava baixo na banda Dogstar.

A banda Dogstar foi formada em 1991 nos Estados Unidos por Keanu Reeves (baixista e vocal de apoio) e Robert Mailhouse (baterista), ambos atores e fãs de grunge. O guitarrista e vocalista principal, Bret Domrose, juntou-se ao grupo em 1994. Dogstar teve algum sucessos, com algumas digressões e festivais importantes. No intervalo dos filmes dos seus elementos, lançou dois álbuns: "Our Little Visionary" (1996) e "Happy Ending" (2000), além do EP "Quattro Formaggi" (1996).

O grupo regressou recentemente com novas músicas, provando que o Reeves continua fiel ao prazer de tocar ao vivo.

Baixos elétricos
no Salão Musical

Baixos elétricos no Salão Musical

Ryan Gosling

Gosling toca piano e guitarra, e há mais de 15 anos integra o duo Dead Man’s Bones, de sonoridade indie e som cinematográfico. O seu talento musical é visível em filmes como La La Land, onde as cenas ao piano foram tocadas por ele.

O grupo é conhecido por seu estilo folk/indie rock com uma temática sombria e atmosférica, frequentemente explorando temas como fantasmas e monstros. Ryan Gosling contribui com voz, baixo, guitarra, piano e teclado.

Gosling é um dos atores mais respeitados da sua geração e, sempre que pode, coloca a sua perícia musical ao serviço da sua arte.

Michael Cera

Conhecido pelas comédias Superbad e Juno, Cera tem uma forte ligação à música indie. É membro de várias bandas, incluindo The Long Goodbye e Mister Heavenly, e participou em gravações com músicos dos Modest Mouse e The Shins.

Ficou famoso por interpretar George Michael Bluth na série de TV "Arrested Development" e por filmes como "Nick and Norah's Infinite Playlist" (2008), "Scott Pilgrim vs. the World" (2010) e "Youth in Revolt" (2009).

Desde criança que Cera demonstrou interesse em ser ator, começando a sua carreira em anúncios e programas infantis. A música sempre esteve presente: lançou seu primeiro álbum solo, "True That", em 2014, e é membro de várias bandas, incluindo The Long Goodbye e Mister Heavenly, tendo participado em gravações com músicos dos Modest Mouse e The Shins.

Cera transformou-se num ator versátil, apreciado tanto em comédia como em dramas.

Literatura: escritores que trocaram a caneta por notas musicais

Leonard Cohen

Poeta antes de ser cantor, Cohen transformou a palavra escrita em canções de culto. A sua formação literária deu à música popular um novo nível de profundidade, e a sua obra prova que poesia e melodia podem coexistir em perfeita harmonia. A vida de Cohen não cabe num resumo biográfico de três parágrafos, cheia de episódios

Tanto a sua obra literária como a lírica abordam temas como religião, política, isolamento, depressão, sexualidade, perda, morte e relacionamentos amorosos. Cohen começou a carreira literária publicando poemas e romances antes de se dedicar à música aos 30 anos, quando lançou o seu álbum de estreia "Songs of Leonard Cohen" em 1967.

Acima de tudo, Cohen era um escritor que cantava, e não um músico que escrevia. Obra recomendada: o romance Beautiful Losers (“Vencidos da vida”, na edição portuguesa), o segundo da sua carreira literária. Este documentário apresenta Cohen como escritor, antes de ser Cohen o músico.

Stephen King

O mais famoso escritor de obras de terror tem também um lado musical. O autor de It e The Shining toca guitarra e integrou os The Rock Bottom Remainders, uma banda formada em 1992 por autores e escritores famosos, incluindo Stephen King.

O grupo surgiu mais como um projeto divertido do que uma carreira musical séria, reunindo escritores amigos que gostavam de tocar rock. Entre os membros estiveram, além de King, outros autores como Dave Barry, Amy Tan e Matt Groening. A banda fazia apresentações beneficentes e eventos literários, e o seu nome é um trocadilho com o termo "remainders", usado para livros vendidos a preço muito baixo. Acima de tudo, é tudo pela diversão.

Guitarras
acústicas no Salão Musical

Guitarras acústicas no Salão Musical

Boris Vian

Escritor, poeta, engenheiro e trompetista de jazz, Vian foi uma figura central da vida cultural francesa dos anos 40 e 50. Escreveu sobre música, tocou em clubes parisienses e ajudou a popularizar o jazz em França, com a mesma ironia e inteligência que marcou a sua escrita.

Vian destacou-se pela escrita surrealista, humor irreverente e narrativas incríveis, como no famoso romance "Outono em Pequim", que não se passa nem no outono, nem em Pequim. Foi também escritor de policiais ao estilo americano, sob o pseudónimo de Vernon Sullivan. Também foi uma figura influente no jazz francês, atuando como trompetista e crítico, escrevendo para revistas especializadas e promovendo artistas da música francesa.

Vian teve uma vida marcada por sua paixão pela cultura e música, inclusive compondo canções politizadas como a célebre "Le Déserteur".

A obra de Vian mistura absurdo, crítica social e poesia, e deixou um legado na literatura e música francesas, sendo ainda hoje uma figura de culto pela sua originalidade e intensidade expressiva.

Trompetes no Salão
Musical

Trompetes no Salão Musical

Desporto: ritmo e técnica dentro e fora de campo

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton nasceu em 1985, em Stevenage, Inglaterra, e é hoje uma das figuras mais marcantes da história da Fórmula 1. Com sete títulos mundiais, tantos como o recorde de Michael Schumacher, tornou-se sinónimo de excelência, disciplina e inovação dentro e fora da pista.

Mas há outro lado em Hamilton que poucos conhecem: o de músico. Toca guitarra e piano desde os 13 anos e já colaborou discretamente em temas de artistas como Christina Aguilera, assinando sob o pseudónimo XNDA. Ele aparece aos 2 minutos e 39 segundos, não a tocar, mas a cantar. Sem acelerar.

Por curiosidade, Charles Leclerc, companheiro de Hamilton na Ferrari, também toca piano.

Oscar De La Hoya

O pugilista Oscar De La Hoya nasceu a 4 de fevereiro de 1973 em East Los Angeles, Califórnia, e ficou conhecido como "The Golden Boy" do boxe. Ele conquistou uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992 em Barcelona na categoria leve e ganhou 10 títulos mundiais em seis diferentes categorias de peso durante a sua carreira profissional, que durou de 1992 a 2009.

Hoya gravou um álbum de pop latino em 2000, que lhe valeu uma nomeação para os Grammys. O disco chegou a platina e revelou um lado criativo e emocional, bem distante da imagem dura do ringue.

Rafael Leão

Way 45 é o nome artístico de Rafael Leão, conhecido principalmente como futebolista do AC Milan e da seleção portuguesa. Nascido em 1999 em Almada, Portugal, Rafael Leão cresceu no bairro da Jamaica, no concelho do Seixal, e além do futebol, desenvolveu uma carreira paralela como rapper.

O nome Way 45 representa o código postal 2845 do seu bairro e a palavra inglesa "way", significa "caminho" ou "direção", refletindo a sua identidade e ligação às suas origens.

Leão / Way 45 lançou o seu primeiro álbum de estúdio, “My Life in Each Verse”, em 2023, navegando por sonoridades de hip-hop, trap, soul e R&B, com letras em português e algumas em inglês.

Microfones no Salão
Musical

Microfones no Salão Musical

Notas finais

De imperadores a cientistas, de atores a atletas, todos partilham o mesmo sentimento: a música é uma forma de expressão que atravessa disciplinas, épocas e fronteiras.

Tocar um instrumento, cantar ou compor uma canção é uma forma de pensar e sentir o mundo.

Seja qual for a vossa atividade, o Salão Musical tem tudo o que precisam para ocuparem o vosso tempo livre com essa outra paixão que é a música. Visitem a nossa loja online e descubram o que temos para vocês.

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