Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Usamos cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Configuração de cookies

Costumização
  • Cookies de terceiros para fins analíticos.
  • Mostre recomendações personalizadas com base na sua navegação em outros sites.
  • Mostre campanhas personalizadas em outros sites.
Funcional (obrigatório)
  • Necessário para navegar neste site e usar suas funções.
  • Identifique você como um usuário e armazene suas preferências, como idioma e moeda.
  • Personalize sua experiência com base em sua navegação.

Beatle a Beatle: Ringo Starr

Publicado por2022-04-28 por 2667
Guardar
Como Richard Starkey se transformou em Ringo Starr, um dos bateristas mais influentes de todos os tempos.

Este é o primeiro de quatro artigos dedicados a cada um dos Beatles, às suas origens e ao que fizeram depois de terem feito parte da banda mais famosa de todos os tempos. 

Para marcar o ritmo, vamos começar com Ringo Starr, o mais incompreendido dos Fab Four e um dos bateristas mais importantes da história do Rock.

A História de Ringo Starr

Ringo antes de ser Ringo

Porquê o nome Ringo Starr?

Quando Ringo se juntou aos Beatles

Ringo Starr era um bom baterista?

Ringo não era nem o melhor baterista dos Beatles

Inovações de Ringo Starr como baterista

Ringo Starr depois dos Beatles

Som clássico de bateria

Todas as Baterias Acústicas no Salão Musical

A História de Ringo Starr

Antes de se transformar em Ringo Starr, o baterista dos Beatles teve uma juventude muito complicada, cheia de problemas de saúde e dificuldades económicas. Se há histórias de superação, a de Ringo é uma delas.

Ringo antes de ser Ringo

Richard Starkey - o nome verdadeiro de Ringo Starr - nasceu a 7 de julho de 1940, em Liverpool. Era o único filho num lar problemático. O pai de Ringo abandonou a família quando ainda era muito novo e a mãe tinha mais do que um emprego para assegurar a sobrevivência de ambos, numa Inglaterra ainda a recuperar da Segunda Grande Guerra. 

Para além dos problemas familiares, o pequeno Richard foi sempre afectado por problemas de saúde. Primeiro foi uma apendicite, aos seis anos de idade, que se transformou numa peritonite e o deixou em coma durante alguns dias. Durante a sua recuperação, Richard ficou em casa em vez de ir à escola, sendo quase iletrado aos oito anos e com dificuldades de adaptação ao ambiente escolar quando regressou às aulas. 

Richard Starkey com os seus colegas de escola

Com explicações e muito esforço, Richard conseguiu recuperar o tempo perdido e, aos 13 anos, estava ao nível dos seus colegas. Até que outra doença lhe mudou o percurso de forma decisiva. Em 1953, foi internado num sanatório por causa de tuberculose, onde permaneceu por dois anos. 

Nesse período, a equipa médica usou a música para incentivar a moral dos doentes e estimular a atividade motora. Foi aí que Richard Starkey se interessou pela bateria pela primeira vez, sendo o percussionista de serviço nas atividades musicais do sanatório.

A mãe de Ringo tinha-se casado novamente, desta vez com Harry Graves, que se revelou uma influência muito positiva e decisiva na vida de Richard. Fã de big bands e de cantoras como Sarah Vaughan e Dinah Shore, Graves foi a figura paternal que sempre tinha faltado na casa dos Starkey. 

Depois de sair do sanatório, Richard foi procurar trabalho: foi empregado da British Rail, serviu bebidas num ferry, e acabou como aprendiz de maquinista numa fábrica em Liverpool. E foi nessa fábrica que a música entrou a sério na vida de Richard Starkey.

Porquê o nome Ringo Starr?

Nessa fábrica, Richard fez amizade com Roy Trafford, um apaixonado do skiffle, um estilo musical muito popular na época, que juntava folk americana, blues e jazz, tocada com instrumentos improvisados. Uma das bandas de skiffle que viria a ter um futuro brilhante, mas sob outro nome, foram os The Quarrymen.

Richard e Trafford ensaiavam na hora do almoço.Juntaram-se a um colega da fábrica que era guitarrista e começaram a dar pequenos concertos. Trafford, no Natal de 1957, oferece a Richard a sua primeira bateria. Era um kit muito simples e meio improvisado, mas foi o ponto de partida para a sua evolução técnica. A banda começou a marcar mais concertos e Richard tornou-se conhecido no meio musical de Liverpool.

À medida que a loucura do skiffle mudava para a loucura do rock’n’roll americano, Richard era muito procurado por outras bandas que queriam tocar o novo som que vinha do outro lado do Atlântico. Em 1959, juntou-se aos Rory Storm and the Hurricanes. 

Richard Starkey também quis mudar e assumiu o nome artístico Ringo Starr. “Ringo” vinha da quantidade de anéis que usava e “Starr” dava um toque americano. 

Quando Ringo se juntou aos Beatles

Ringo Starr conhece os Beatles a 1 de Outubro de 1960, quando os Hurricanes se juntam a eles para tocar no Kaiserkeller, o mítico bar de Hamburgo que foi a casa dos Beatles nessa época. Duas semanas depois, já estava a gravar com Lennon, McCartney e Harrison numa versão de Summertime cantada pelo vocalista dos Hurricanes. Mas seriam precisos ainda mais dois anos até Ringo Starr se tornar num Beatle.

Em 1962, o manager dos Beatles Brian Epstein despede o baterista Pete Best. Segundo Best, o produtor George Martin não gostava da maneira de tocar dele e não tinha uma grande ligação com os restantes membros da banda. Ringo faz a sua primeira gravação como Beatle a 4 de Setembro de 1962, e o resto da história é bem conhecido. 

Ringo Starr era um bom baterista?   

Ringo Starr não teve um início fácil nos Beatles. George Martin desconfiava das suas capacidades, até porque Ringo nunca foi um virtuoso. O estilo de Ringo Starr como baterista baseava-se muito mais na emoção e no balanço do que na técnica. 

Ringo era esquerdino mas usava o kit configurado para destros, o que o obrigava a tocar de forma diferente dos outros bateristas. Os seus ritmos serviam a música, com uma criatividade que influenciou gerações de bateristas nas décadas seguintes. 

Ringo Starr assume a sua peculiaridade:

”Não sou bom com as coisas técnicas. Sou um baterista básico e excêntrico, com preenchimentos engraçados, porque eu sou realmente canhoto tocando um kit destro.”

Ringo não era nem o melhor baterista dos Beatles

A piada de que Ringo não era nem o melhor baterista dos Beatles é uma injustiça. Para Ringo Starr e para John Lennon, que nunca disse isso. A piada surgiu num programa de rádio em 1981, e pegou.

A importância de Starr nos Beatles vai para além da música. Era o ponto de equilíbrio entre as personalidades em conflito de Harrison, Lennon e McCartney e todos gostavam dele. Ringo tinha uma presença descontraída e divertida, e tornou-se famoso pelo seu sentido de humor muito particular nas conferências de imprensa e na sala de ensaio. Mas nunca sem deixar de ser profissional.

No documentário Get Back, de Peter Jackson, vemos como Ringo é apreciado por toda a gente, como ninguém questiona as suas escolhas de ritmo quando estão a compor, e como é o primeiro a chegar ao telhado para verificar se está tudo pronto antes do concerto. Todos falam com ele sobre a fase complicada que estão a viver. 

Brian Epstein disse, sobre os Beatles:

"John é a mente, Paul é o coração, George é a alma... e Ringo é a carne e o sangue".

Inovações de Ringo Starr como baterista

Ringo Starr trabalhava para as canções, deixando espaço para a voz e os instrumentos brilharem.Tinha um sentido de tempo e swing impecáveis e, sem ele, os ritmos e o som dos Beatles não seriam os mesmos.

Ringo Starr foi também um inovador. Usava uma forma diferente de pegar nas baquetas, longe do grip clássico do jazz. Foi um dos primeiros a elevar a bateria em palco numa plataforma. Usava também o prato de choque aberto e foi um dos primeiros a baixar a afinação do timbalão de chão, para ter uma presença mais grave. Ao mesmo tempo, subiu o tom dos outros dois timbalões, criando um som único.

Ringo e os Beatles eram adeptos da experimentação sonora em estúdio, com George Martin a revolucionar o som da bateria dando maior presença ao bombo e a utilização de efeitos. Em Tomorrow Never Knows, Ringo deve ter sido o primeiro músico a gravar sobre um loop de bateria.

Tudo isto eleva Ringo ao nível de génio das baquetas, que injustamente lhe foi negado durante décadas, apesar de ter criado ritmos únicos em dezenas de músicas que ficaram para a história.  

Ringo Starr depois dos Beatles

Performer por natureza, Ringo Starr participou em filmes e continuou sempre a tocar e a fazer música. Gravou com todos os Beatles nas suas incursões a solo depois do fim da banda, o que demonstra o carinho e respeito que tinham por ele.

Faz ainda digressões pelo mundo inteiro com a sua All Starr Band, mantendo-se ativo e cheio de energia mesmo com mais de 80 anos de idade. Sempre com uma atitude positiva e bem disposta, Ringo Starr é a prova de que se pode ser uma estrela e ser uma excelente pessoa ao mesmo tempo. Se quiserem saber o que Ringo anda a fazer, visitem o seu site oficial.

Como viram, apesar das adversidades é possível manter a boa disposição e uma marca importante na história da música, mesmo quando nos subestimam o talento. 

Som clássico de bateria 

Para obter o som clássico da bateria de Ringo Starr podem tocar uma Gretsch.



As baterias Gretsch têm uma sonoridade poderosa e um tom vintage, perfeito para tocar desde os clássicos do rock ao rock mais moderno. 

Visitem a nossa loja online e vejam as baterias que temos em catálogo.

Todas as Baterias Acústicas no Salão Musical 

Outros artigos desta série dedicada aos Beatles:

Beatle a Beatle: George Harrison

Beatle a Beatle: John Lennon

Beatle a Beatle: Paul McCartney

Deixar um comentário
Deixar comentário
Faça login para inserir um comentário
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Salão Musical de Lisboa

Crie uma conta gratuita para guardar produtos favoritos.

Registar