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O banjo é um instrumento de cordas presente em culturas e tradições da Irlanda aos Estados Unidos, da Ásia a Portugal. Cada destino acabou por criar o seu próprio tipo de banjo e estilo musical à sua volta, e é isso que vamos conhecer, assim como um pouco da sua história.
O banjo é um cordofone constituído por uma caixa de ressonância com uma pele em tensão sobre um tampo metálico. As cordas são normalmente em aço e são tocadas com os dedos, unhas ou palheta.
O banjo é um instrumento musical que associamos a vários estilos da música folk americana, especialmente ao bluegrass. Mas também tem uma forte presença noutros estilos como o country, jazz clássico e música irlandesa tradicional.
É um instrumento que pode ser tocado a solo ou como parte de uma banda. Distingue-se de outros cordofones por produzir uma sonoridade distinta e animada.
Existem diferentes tipos de banjos, desde o banjo de 5 cordas, até ao banjo de 4 cordas e o banjo de 6 cordas. Em Portugal, temos algumas variantes com características particulares. Cada um tem uma sonoridade e estilo únicos, e técnicas específicas para os tocar.
Não existem grandes certezas sobre a origem do banjo. Várias culturas têm instrumentos antigos baseados no mesmo princípio de cordofones com tampo de pele esticada.
O banjo moderno terá saído de África a caminho das Américas, como instrumento tradicional levado pelos escravos, evoluindo na América do Sul durante o século XVIII. No século XIX, tornou-se um instrumento popular na música folk americana, especialmente no sul dos Estados Unidos.
Durante este período, os banjos ganharam uma quinta corda e desenvolveram-se novas técnicas e estilo de tocar, como o clawhammer e o estilo three-finger.
No início do século XX, o banjo passou a fazer parte da música bluegrass, um género de música country que surgiu no sul dos Estados Unidos, e que teve um festival dedicado na Trafaria em 2022.
O banjo continua a ser um instrumento popular em todo o mundo, nas suas várias versões e cruzamentos. Alguns dos maiores músicos de banjo da história são Earl Scruggs, Ralph Stanley, Tony Trischka e Béla Fleck, que aparecerá mais tarde neste artigo.
Existem banjos em praticamente todas as culturas e em várias versões. Portugal tem banjos tradicionais, que são tocados de Norte a Sul do País. A sua estrutura base é semelhante, mas variam no número de cordas, dimensões e materiais.
O banjo tradicional português tem um corpo metálico, de forma circular, sendo a caixa sonora coberta por uma pele natural ou sintética. O braço é comprido e fino, e as cordas são metálicas.
Os banjos mais utilizados na música popular portuguesa são o banjo bandolim (ou banjolim), o banjo bandola (banjola), o banjo trompete e o banjo viola.
Estes instrumentos são tocados como o bandolim, a bandola ou a viola, mas o seu corpo metálico projeta um maior volume de som.
O banjo americano - ou banjo de 5 cordas - tem um corpo metálico ou de madeira circular, coberto por uma pele natural ou sintética esticada, e um braço longo e estreito. A corda mais aguda possui um mecanismo de afinação próprio, situado a meio do braço.
O Banjo americano é tocado geralmente com uma unha de polegar em plástico (thumbpick) e duas unhas metálicas nos dedos indicador e médio (sobretudo no bluegrass). Existem no entanto outras técnicas de tocar, como seja a clawhammer, que é executada com a mão quase fechada, sem unhas.
Este tipo de banjo é usado na música bluegrass, folk e country. Há ainda o banjo tenor, que era muito popular na época do jazz Dixieland.
Existem várias afinações diferentes para o banjo, dependendo do número de cordas e do estilo de música em que é usado. Estas são algumas das afinações de banjo de cinco cordas mais comuns:
Agora que já têm uma ideia do que é o banjo,nada melhor que o ver em ação, em diversos estilos musicais.
Este é o primeiro de dois vídeos com o que deve ser o maior banjoísta vivo. Béla Fleck levou o banjo para o jazz moderno com os seus Flecktones nos anos 80, mas regressou às origens deste instrumento num disco recente.
Acompanhado por um bandolim, uma resonator, uma guitarra acústica, um contrabaixo e um violino, este grupo é uma espécie de All Stars da música americana.
O banjo é também uma parte integral do parente próximo do bluegrass, a música country tradicional. É fácil imaginar uma família inteira a tocar serões fora nas vastidões do interior da América do Norte nos finais do século XIX, início do século XX.
Ou então um grupo de amigos, como Russell Moore & IIIrd Tyme Out, a tocar este clássico de John Denver.
A música tradicional irlandesa gosta de instrumentos de cordas e o banjo tem um cantinho especial ao lado do bandolim e do bouzouki. O espírito comunitário da música irlandesa está bem presente nesta apresentação em que o banjo e o bouzouki irlandês animam uma esplanada onde ninguém passa sede.
Em Portugal, o banjo também faz parte da música popular. No Minho temos o banjolim, mas há mais banjos e tocadores de banjo pelo país fora a dar som à música tradicional portuguesa.
Aqui podemos ver o senhor Norberto Rosado, da muito simpática vila de Portel, no Alentejo, a tocar uma moda com um nome muito curioso.
Terminamos este pequeno roteiro outra vez com Béla Fleck, desta vez acompanhado pela sua banda, os Flecktones, da qual fazem parte os irmãos Roy e Victor Wooten, e Howard Lacy.
O banjo é um instrumento musical fascinante. Se já tocam guitarra ou ukulele, o banjo é uma excelente opção para aprenderem a tocar mais um instrumento. Ou então, para ser a vossa primeira escolha.
Toquem jazz, country, bluegrass ou modas tradicionais portuguesas, temos o banjo que necessitam. Visitem a nossa loja online.